domingo, 29 de novembro de 2009

melhoramento genético a realidade brasileira!!!

É preciso compreender, em uma perspectiva hitórica, a situação real do rebanho brasileiro, para c ter uma idéia clara da magnitude da importânciado melhoramento genético. Após o descobrimento do Brasil, tentou-se, de todaas as formas, a introdução de raças européias no sistema de produção de corte em nossa área tropical. Formaram-se até raças razoavelmente adaptadas ao ambiente, como a Caracu.
Entretanto, com a vinda dos zebuínos, que se mostraram muito mais resistentes aos trópicos, a expansão de nossa pecuária se deu de forma horizontal atigindo toda a região Centro-Oeste até o Norte do Brasil. Hoje aproximadamente 80% do rebanho nacional são de animais zebuínos ou cruzados com zebuínos, predominando a raça nelore.
Convem lembrar que nosso zebu é originário da Índia, país q não come carne e, portanto, nunca teve a preocupação de fazer seleção genética para melhorar a produtividade de carne em seu rebanho. A variabilidade genética normalmente encontrada nas raças zebuínas, nas caracteristicas de desempenho produtivo ou reprodutivo, se mostra bem maior que nas raças européias, nas quais seleção, pelo menos visual, é feita durante muitos anos, com o intuito de produzir melhor. Por isso, normalmente, as raças européias são mais produtivas do que as zebuinas, apesar de ainda haver enormes diferenças nas caracteristicas pricipais, economicamente desejáveis, na produção da carne melhorada, mesmo entre as raças taurinas.
É possível que estudos científicos e economicos, associados a um bom trabalho de marketing, possam estabelecer o produto final ideal para o brasileiro. De qualquer forma, acredita-se que todos estejam de acordo que a carne que a carne bovina deve ter alguns predicados: ser saborosa, macia, suculenta, de boa aparencia (cor, brilho) e conter um mínimo de gordura de cobertura em determinados cortes.
De todo modo, o certo é que muito pode ser feito pelo melhoramento genético no sentido de aumentar a lucratividade do rebanho. Aliás, registram-se grandes progressos nesse terreno entre nós. Pode-se notar que hoje a maioria do gado de corte do país é branco, ou seja,nelorado. Foram escolhidos bons animais na última importação da Índia, ainda que o processo seletivo se apresente cheio de modismos.
De toda maneira, não é possível almejar produtos uniformes e de qualidade total, se os animais não forem trabalhados do ponto de vista genético. A grande variação genética existente em nosso rebanho é a principal testemunha de que temos muito a fazer para o aumento da nossa produtividade.

Reprodução e Melhoramento Genético
Silvio Lazzarini Neto

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

seleção de produção de leite x ambiente

A produção leiteira, por exemplo, requer a ação de numerosos gens responsáveis por aspectos específicos da síntese do leite, assim como muitos outros não diretamente responsáveis, ou seja: gens responsáveis pela formação do tecido secretor o úbere durante a puberdade, gens responsáveis pelo suprimento sangüíneo do úbere, gens envolvidos na capacidade da vaca em digerir e metabolizar os alimentos, entre outros. Além disso, a síntese do leite requer um suprimento adequado de nutrientes. A alimentação, que também é considerada como “meio ambiente”, irá influenciar consideravelmente a produção de leite. A função básica do ambiente é a de prover os fatores não genéticos requeridos pelo animal, para o seu desenvolvimento e produção. Alguns efeitos do meio ambiente podem ser temporários e outros permanentes. Um bom exemplo de efeito temporário é a baixa produção leiteira devida à nutrição medíocre; parto complicado ou período seco curto. Eles afeta, a produção por um período limitado da vida da vaca, ou seja, da lactação em vigor. Já o efeito permanente prejudicará a produção por toda a vida do animal, exemplo, a perda de um quarto de úbere, em conseqüência de mastite. Nesse caso,o efeito permanente afetará todas as lactações da vaca prejudicando a avaliação do seu mérito genético. A interação entre fatores genéticos e meio ambiente adequado determina o desempenho dos animais. A produção de leite pode ser aumentada com melhor alimentação, melhor prática de ordenha, melhor controle de doenças etc. Mas, o que “melhor” realmente significa? Pode-se dizer que significa combinar o ambiente com o genótipo disponível. Se uma vaca de alta produção é transportada de uma região temperada do mundo para uma região tropical, a ausência de fibras de alta digestibilidade e o estresse calórico certamente prejudicarão a sua expressão genética para a produção de leite. O objetivo do melhoramento genético para gado leiteiro é produzir uma vaca com um genótipo adequado e máxima produção em relação ao ambiente a que ela será submetida. Os animais são, então, acasalados de maneira aumentar a proporção de gens favoráveis a expressão de uma determinada característica.